| "Acho que estou começando a desaparecer" - comentário de Fiona frente à doença que lhe assola, o Mal de Alzheimer
LONGE DELA, a doença personificada na personagem Fiona serve para retratar o cotidiano de um casal na velhice: amor, companheirismo, compaixão, aceitação e perda. É impressionante a capacidade e a sensibilidade da jovem cineasta em adaptar uma trama tão densa mais, ao mesmo tempo, real, dramática e apaixonante. Em LONGE DELA, Polley utiliza a cartilha do menos gerando mais, são alguns diálogos muitos olhares e gestos, poucos personagens muitas tramas trabalhadas de maneira irrepreensível (ótima lembrança da Academia em indicar o roteiro do filme). Além disso, Polley contou com a presença espetacular de Julie Christie (franca favorita ao Oscar, no entanto, perdeu para Marion Cotillard e sua inspirada Piaf, na minha opinião não tenho preferida). A veterana atriz teve a chance de sua carreira neste papel, pode não ser seu melhor personagem, porém, para uma atriz veterana, o papel é um presente sem preço, bem construído e cativante, inicialmente, Fiona personifica vida, em seguida, em virtude da doença, Fiona vai brochando como ser humano, ao ver sua mente lhe traindo. Não menos importante, seu marido no filme, Grant, o ator canadense Gordon Pinsent (que possui inúmeros trabalhos na televisão canadense), na verdade o protagonista da película, interpreta na medida certa um marido que vê sua esposa se interessando por outro homem não lembrando mais dele. LONGE DELA: 9,0 (Away From Her, Can, 2007) Direção: Sarah Polley Roteiro: Sarah Polley Com: Gordon Pinsent, Julie Christie, Olympia Dukakis, Deanna Dezmari, Alberta Watson, Wendy Crewson. 110 min. |
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